Ser Pais de uma criança Autista

Ser Pai/Mãe de uma criança que parece ter nascido noutro planeta, com características especiais e, às vezes, dotada de superpoderes, tem tanto de mágico e bonito, como de difícil e extenuante. Mas não é assim com todos os bebés/crianças? E isto de podermos considerar que ela nasceu noutro planeta, não significa que ela é extraterrestre, mas que, para ela, nós é que somos os extraterrestres! Depende, obviamente, do ponto de vista. 

O busílis da questão não tem que ver com lo facto daquela criança ser diferente. Todas as crianças/bebés são diferentes! Tem que ver, isso sim, com o facto de ela encerrar, em Si, um desafio intenso e imenso.

O desafio de a ajudar a Sentir-Se, mesmo sentindo que nasceu noutro planeta, e que os Outros à sua volta são estranhos. Mesmo não tendo a capacidade de interagir com as subtilezas da comunicação, mesmo tendo muita dificuldade na regulação emocional, mesmo que só se sinta confortável quando deixada sossegada no seu canto, absolutamente entregue a algo que a fascina. 

Que grande desafio…

Um desafio que começa desde cedo, na identificação de alguns sinais, na procura de ajuda, na definição de um diagnóstico, nas questões da vida quotidiana, nas lutas que travam pela “dita” integração nos diversos meios e contextos, no medo do que virá no futuro, entre muitas outras coisas que advém da singularidade de cada pai/mãe e de cada criança.

Ana Sofia Rochinha
mentanalysis.com

ser pais de uma criança autista

Finalmente regressam os Lives da Mentanalysis! E, para regressar em força, nada melhor do que escolher um tema grande e intenso, como o Autismo e/ou as Perturbações do Espectro Autista.

Abrindo com chave de ouro, Sónia Soares Coelho convida Mafalda Frade, Mãe e Professora, para explicar o que acontece quando: “Oppps! Tenho um@Filh@ autista!!!”. Iremos tentar perceber como identificar esta neurodivergência (aquilo que todos os pais deviam saber e não sabem), perceber com que questões sensoriais estamos a lidar, bem com, conhecer a importância do falar/comunicar, particularmente, neste contexto específico. Procuraremos, ainda, abordar a escola e a “dita” integração dos meninos diferentes, a falta de aceitação do diagnóstico e, no que concerne à parentalidade, perceber quais as dificuldades que uma mãe sente quando desconfia de autismo, a intolerância/desconhecimento da sociedade, os apoios insuficientes … entre muitas outras coisas.

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