Faz hoje uma semana que registámos estes momentos na inauguração da exposição coletiva “Sal e Cultura” dos artistas plásticos Agostinho Ribeiro e Josefa Sousa. Tendo em consideração a situação pandémica que estamos a viver, determinou-se a presença de apenas de 6 pessoas e assim abrimos as portas da Casa da Mutualidade há cultura ancestral do Sal.
Foi durante a Idade média que começou a exploração do sal em Aveiro utilizando o processo de evaporação. O sal continua a ser um dos ex libris de Aveiro e motivo de visita à cidade. É um produto 100% artesanal executado por marnotos com instrumentos de madeira natural.
Infelizmente a memória da atividade ligada à Salicultura em Aveiro está a desaparecer. Atualmente, apenas algumas marinhas de sal permanecem ativas e poucos marnotos em atividade
Nesta mostra, os artistas procuram interpretar o sal e a sua dinâmica em linguagem figurativa e abstrata seja com óleo e acrílico, com colagem ou com cerâmica. Homenageiam esta tradição, quase extinta, com registos arquitetónicos dos armazéns de sal junto ao Canal de S. Roque, outrora energéticos, agora solitários. Celebram as energias desta matéria cristalina com reflexos coloridos de luz e vida.
Esperamos por si!
