Inaugurou a 6 de abril, na Casa da Mutualidade, a Exposição de pintura – Quantas primaveras cabem numa vida? – do Coletivo Oficina do Idoso da A.N.A.I. . 

Dizia Florbela Espanca no seu poema Amar “Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida (…)”. Esta mostra de pintura é precisamente uma celebração, uma janela aberta de onde saltam pétalas de uma vida, reflexos de momentos passados que como as flores que dançam ao vento, voam nos pensamentos.

Como uma infância longínqua também no início da primavera as flores são fechadas. As cores e as formas são recatadas e a cada cor, elas brotam em tons repletos de vivacidade que colhem a alegria, assim como os seus autores que semeiam as suas flores em cada janela que abrem ao mundo. 

Este hino à primavera é também a celebração das suas vidas, das memórias de outras primaveras e dos momentos de introspeção. Por cada flor que apreciamos, que cuidamos, que colhemos, que cheiramos, por cada traço e forma que se desenvolve no presente está uma recordação do passado e um desejo de futuro que nada mais é que uma ode à vida. De pinceladas cuidadosas, renasce uma vida mais bela porque não há uma pincelada igual e porque uma vida tem as primaveras que entendermos.