Passado este tempo inicial de preparação de experiências e desafios diários, lançamos um repto às Educadoras da Creche e do Jardim de Infância d’A Previdência Portuguesa e aos pais, que foi avançar com um projeto de Ensino à Distância, o objetivo primordial é que as nossas crianças mantenham a ligação à Creche e ao Jardim de Infância, e a mais importante de todas; que o vínculo às suas educadoras não fosse perdido.
Tendo em consideração o entusiasmo manifestado pelas crianças, o envolvimento visível manifestado pelas famílias e o profissionalismo do nosso corpo docente, considerou-se importante manter o desafio.
Para o pré-escolar continuar-se-á o trabalho desenvolvido com abordagem às literacias: social, ambiental, cultural, artística e digital. A planificação de atividades para este 2.º período continuará a ter como base o Plano de Atividades 2020/2021 e as competências que os nossos alunos foram adquirindo ao longo do ano.
A Planificação das atividades será desenvolvida com o intuito de trabalhar competências específicas. Estas atividades deverão contemplar diferentes áreas de conteúdo, de uma forma integrada e lúdica.
Para a creche, o trabalho é em parceria direta com as famílias, visando manter a tão importante proximidade com as figuras de referência; optando-se também por enriquecer estes momentos com canções e histórias.
Atendendo à nossa vontade de continuar a surpreender e enriquecer sempre mais as experiências educativas dos nossos alunos considerámos, para este período, acrescentar novas metodologias. Queríamos que refletissem práticas contextualmente adequadas, pensadas de forma holística, articuladas e sustentáveis e apoiadas em perspetivas ecológicas e democráticas. Queríamos que respeitassem as crianças e o seu potencial de aprendizagem e desenvolvimento, que respeitassem as famílias, a sua diversidade e riqueza de saberes. E queríamos, acima de tudo, garantir que os Docentes, articuladamente, criem situações e experiências desafiantes que favoreçam a experimentação, a movimentação, a comunicação e o protagonismo da criança.
Relembramos uma citação de Janusz Korczak,
“Vocês dizem: é cansativo estar com crianças. E não há dúvida que têm razão.
Depois acrescentam: porque temos de nos pôr ao nível delas, porque temos de nos baixar, inclinar, curvar, tornar pequenos. Mas aí vocês estão enganados. O que mais cansa não é isso, o que mais cansa é sermos obrigados a elevarmo-nos até à altura dos seus sentimentos. A esticarmo-nos, a alongarmo-nos, a ficar nos bicos dos pés. Para não as magoar.”