25 Abril: Celebração com Cultura
Há 49 anos, Portugal libertava-se de mais de quatro décadas de ditadura, opressão política e censura. Hoje, A Previdência Portuguesa disponibiliza uma lista cultural que pode seguir para celebrar o 25 de Abril. Porque, para que não se repita, a história deve ser conhecida.
História de Uma Flor, de Matilde Rosa Araújo
Sinopse: “Nas ruas havia flores vermelhas por toda a parte. No peito das mulheres, dos homens, nos olhos das crianças, nos canos silenciosos das espingardas. Nem era uma guerra, nem uma festa. Era o mundo de coração aberto.”
25 de Abril – Mitos de Uma Revolução, de Maria Inácia Rezola
Sinopse: “A 25 de Abril de 1974 um grupo de jovens capitães leva a cabo um golpe de Estado que, em menos de 24 horas, derruba uma ditadura que dominava Portugal há mais de quatro décadas. (…) Neste livro, a historiadora Maria Inácia Rezola traz-nos uma visão geral da Revolução, analisando os seus episódios mais polémicos, sem medo de desconstruir mitos e ideias formadas sobre este episódio fundamental do século XX português.”
História do Povo na Revolução Portuguesa – 1974-75, de Raquel Varela
Sinopse: A luta política assume nas sociedades contemporâneas, em condições de calendário eleitoral estável, essencialmente, a forma da luta entre os partidos. Quando uma revolução se coloca em movimento, no entanto, tudo pode ser subvertido, porque milhões de pessoas inativas ou até desinteressadas despertam para a luta social. Este livro apresenta-nos uma rigorosa investigação sobre a revolução portuguesa que ambiciona dar voz aos que não tiveram voz. (…) Nas páginas deste livro bate um coração que tem respeito e admiração por essa gente
Capitães de Abril, Maria de Medeiros (2000)
Argumento: “Em Portugal, na noite de 24 para 25 de Abril, uma canção desencadeia um golpe de Estado militar que irá mudar a face do país e os destinos dos Territórios que então dominada em África. Partindo das memórias do capitão Salgueiro Maia, Maria de Medeiros recria com sensibilidade e emotividade o dia que mudou um país. Um filme de reconstituição histórica, montado com sinceridade, romantismo e inteligência.”
Amanhã, Solveig Nordlund (2004)
Argumento: “Nuno, um rapaz de nove anos, foge de casa na noite de 24 de Abril de 1974. Está farto das discussões entre a mãe e o padrasto e decide ir ter com o seu pai. Só que não sabe onde o pai mora. Para se esconder da polícia, esconde-se num grande edifício que está a ser abandonado à pressa. Partem carros e pessoas em grande velocidade, ninguém dá por Nuno. Só fica ele com um cão de guarda. A noite já vai tarde e Nuno e o cão adormecem abraçados. Acordam de manhã com gritos vindos da rua. Nuno pensa que é a sua mãe à sua procura e corre à janela ver o que se passa. A rua está cheia de gente, há tanques e soldados. É o 25 de Abril. E Nuno está convencido que foi a sua mãe que fez a revolução só para o encontrar. Só mais tarde saberá que foi na PIDE que se foi esconder naquela noite.”
Salgueiro Maia – O Implicado, Sérgio Graciano (2022)
Argumento: “Fernando Salgueiro Maia, o anti-herói não ocasional, produto de uma formação académica e militar, foi um homem que soube pensar o futuro, seguir as ideias, contestando-as, vivendo uma vida cheia, alegre e fértil, solidária e sofrida – se não tem morrido prematuramente aos 47 anos. Através de uma abordagem moderna, intimista e emocional, “Salgueiro Maia – O Implicado” retrata as histórias que ainda não foram contadas sobre o Capitão de Abril. (…) Um filme que revela o outro lado de uma personagem mítica e que presta homenagem ao homem, ao estudante, ao militar, ao pai, ao amigo e ao ímpar militar de Abril
“Grândola, Vila Morena”, Zeca Afonso (1971)
Foi tocada no programa “Limite” transmitido pela Rádio Renascença e foi, para muitos, a senha para a liberdade. O locutor de serviço nessa emissão era Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
“E Depois do Adeus”, Paulo de Carvalho (1974)
Aos microfones dos Emissores Associados de Lisboa, João Paulo Diniz, tinha que colocar à hora programada, 22h55 do dia 24 de abril de 1974, o tema “E Depois do Adeus” da autoria de José Niza e de José Calvário, na voz de Paulo de Carvalho, canção vencedora do Festival RTP da Canção daquele ano.
“Liberdade”, Sérgio Godinho (1974)
Esta canção surge após o 25 de abril de 1974 e tornou-se um hino frequente nas manifestações populares da época.